Palmeiras Reforça Segurança e Cobra Conmebol Contra Racismo em Jogo Decisivo

Palmeiras Adota Medidas de Segurança Reforçadas para Confronto na Libertadores

Em antecipação ao confronto contra o Cerro Porteño, no Paraguai, pela fase de grupos da Copa Libertadores 2025, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, anunciou um aumento significativo nas medidas de segurança. A decisão surge em meio a crescentes preocupações com a integridade dos jogadores e a necessidade de garantir um ambiente seguro para a disputa.

Foto: (Vitor Palhares/Lance!)

Cobranças à Conmebol por Atos de Racismo se Intensificam

Paralelamente ao reforço da segurança, Leila Pereira elevou o tom das críticas em relação à Conmebol, reiterando a urgência de ações mais rigorosas contra casos de racismo no futebol sul-americano. A dirigente expressou profunda insatisfação com a forma como a entidade tem lidado com as denúncias, especialmente após incidentes envolvendo jogadores da base do Palmeiras .

A presidente alviverde enfatizou que as manifestações do clube contra o racismo não devem ser interpretadas como uma questão pessoal com o Cerro Porteño. Os dois times se encontrarão em 9 de abril, em São Paulo, e em 7 de maio, no Paraguai.

Após ser reeleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues ouviu de Leila: ?Vamos levar mais seguranças, ficou muito falado, parece que é um problema do Palmeiras contra o Cerro e não é. É uma luta contra o racismo. Fico muito preocupada, mas isto nos faz tomar precauções. Vamos levar segurança, sim, mas acho que a Conmebol vai tentar pelo menos que seja um jogo que as coisas sejam resolvidas dentro de campo, sem maiores problemas para não prejudicar o espetáculo?.

Palmeiras Exige Punições Mais Severas Contra o Racismo

A escalada de tensão teve início após atos racistas direcionados a Luighi, atleta da equipe sub-20 do Palmeiras , durante um confronto contra o Cerro Porteño pela Libertadores da categoria. O clube, desde então, tem se posicionado de forma incisiva, buscando responsabilização e punições exemplares para os envolvidos.

Leila Pereira desafiou qualquer receio de retaliação por parte da Conmebol, reafirmando o compromisso do Palmeiras com a luta contra o racismo e a defesa de seus atletas. A dirigente cobrou da entidade uma postura mais firme e punições que reflitam a gravidade dos crimes cometidos.

?Não tenho medo de que o clube seja prejudicado, porque tenho certeza que não vai acontecer. Estamos lutando pelo certo. É inadmissível algum clube ser contra o combate ao racismo. É inadmissível alguém ver o que eu vi, o sofrimento do meu atleta e não ficar sensibilizado. Nós, como dirigentes, formadores de opinião não nos manifestarmos é um absurdo?, declarou Leila.

Críticas Diretas à Postura da Conmebol e Possíveis Medidas Extremas

A insatisfação de Leila Pereira não se limita aos casos específicos envolvendo o Palmeiras . A dirigente questiona a eficácia das medidas adotadas pela Conmebol no combate ao racismo de forma geral, defendendo a necessidade de punições mais contundentes e dissuasivas.

?Não tenho nada contra a Conmebol, tenho contra as atitudes da Conmebol contra o racismo. Não foi a primeira vez que isto acontece do Palmeiras contra o Cerro. É a terceira vez. O que pedimos é que as penas sejam mais pesadas?, concluiu Leila.

Diante da persistência dos casos de racismo, Leila Pereira chegou a defender a exclusão do Cerro Porteño das competições sul-americanas. Ao considerar as punições aplicadas como brandas, a presidente do Palmeiras cogitou a possibilidade de os clubes brasileiros se desligarem da Conmebol e se filiarem à Concacaf, em busca de um ambiente mais justo e igualitário.

Revolta com Declaração Polêmica do Presidente da Conmebol

A gota d'água para Leila Pereira foi uma declaração de Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol, que comparou a Libertadores sem clubes brasileiros a ?Tarzan sem Chita?. A referência a Chita, um chimpanzé dos filmes de Tarzan, foi considerada racista e amplamente criticada, gerando ainda mais indignação e reforçando a necessidade de uma mudança de postura por parte da entidade.