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Palmeiras e Cerro Porteño se unem contra o racismo na Libertadores
Por Redação FutVerdão em 18/03/2025 17:40
Combate ao Racismo: Uma Prioridade na Libertadores 2025
O sorteio da CONMEBOL Libertadores de 2025 colocou o Palmeiras frente a frente com o Cerro Porteño, reacendendo a discussão sobre o racismo no futebol sul-americano. Este encontro ocorre logo após o lamentável episódio de racismo envolvendo o jovem Luighi, do Palmeiras , durante a edição sub-20 do torneio, onde o clube enfrentou a equipe paraguaia.
Após o sorteio, realizado na sede da Conmebol, Paulo Buosi, vice-presidente do Palmeiras , e Raúl Zapag, presidente do Cerro Porteño, tiveram uma conversa crucial sobre a necessidade de combater o racismo de forma efetiva em toda a América do Sul. O diálogo evidenciou diferentes perspectivas sobre como lidar com o problema.
Diálogo Firme e Necessário: A Posição do Palmeiras
Buosi iniciou a conversa de forma incisiva, destacando a responsabilidade social dos clubes: "Temos um papel na sociedade: acabar com o racismo. Juntos. Mas com a impunidade, como tem acontecido, nós não vamos mudar. Porque a impunidade é o combustível para que aconteça de novo. Tem acontecido de novo". Sua fala ressaltou a importância de ações concretas e punições severas para erradicar o racismo do futebol.
Zapag, por sua vez, expressou uma visão divergente, sugerindo que a insistência no tema poderia ser contraproducente: "É o mesmo que eu quero, mas não podemos ficar falando disso, se não...". Buosi, no entanto, rebateu prontamente, enfatizando que o silêncio não é uma opção: "Presidente, temos que falar. Não temos nada com o senhor, o Cerro é o time que mais enfrentamos na história da Libertadores. Vocês, lá, vão ser muito bem tratados, pode deixar comigo. Mas temos outro papel, acabar com esse crime, essa chaga que existe na nossa sociedade".
Respeito e Ações Concretas: O Caminho a Seguir
O presidente do Cerro Porteño buscou assegurar um tratamento cordial à presidente do Palmeiras , Leila Pereira, em sua visita ao Paraguai: "Pode falar à presidente Leila que vamos recebê-la como uma rainha, como deve ser". No entanto, Buosi fez questão de ampliar o foco, defendendo que o respeito deve ser estendido a todos que sofrem com o racismo: "Mas não é só ela que devemos tratar assim, são as pessoas que estão sofrendo com o racismo e não podem sofrer mais".
Em um momento da discussão, Zapag mencionou o discurso de Alejandro Domínguez, argumentando que "O racismo, como disse o presidente (Alejandro Domínguez), não vem do futebol?. Buosi, contudo, discordou, ressaltando o papel fundamental do futebol como exemplo para a sociedade: "Mas o futebol dá exemplo, o futebol é muito importante na América do Sul. Se a gente tomar as atitudes, a gente muda a sociedade. Se não vem de cima, nós mudamos de baixo". A declaração finaliza o debate com um apelo à ação e à responsabilidade do futebol na luta contra o racismo.

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