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Paulo Buosi Detalha Protesto do Palmeiras em Sorteio da Libertadores
Por Redação FutVerdão em 17/03/2025 20:11
Palmeiras Levanta Voz Contra a Impunidade no Futebol Sul-Americano
A ausência da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, no sorteio da Libertadores 2025, realizado nesta segunda-feira no Paraguai, não foi por acaso. A medida representou um protesto formal contra as sanções consideradas brandas aplicadas pela Conmebol no caso de racismo sofrido pelo atacante Luighi.
Paulo Buosi, vice-presidente do clube, marcou presença no evento e justificou a decisão, ressaltando a importância da representação institucional do Palmeiras . O dirigente expressou forte descontentamento com a falta de medidas efetivas contra o racismo no futebol.
Buosi enfatizou: "Precisamos dizer nossa revolta, nossa indignação. Cuspir, imitar macaco e acontecer praticamente nada. Só vai mudar com punição severa. Impunidade é combustível para que novas coisas aconteçam".
A Luta do Palmeiras por Punições Mais Severas
O Palmeiras não se limitou ao protesto no sorteio. O clube, em conjunto com os demais integrantes da Libra e Liga Forte, encaminhou uma carta à Fifa solicitando apoio na busca por punições mais rigorosas por atos de racismo na Conmebol. Questionado sobre uma possível resposta da Fifa, Buosi reiterou a urgência de ações concretas.
O vice-presidente declarou: "Só fica na palavra, mas precisamos ir para ação. Sem penas severas, não vai mudar. Palmeiras vai lutar até o fim. É necessário. Enquanto não acontecer de agremiações serem punidas, vai seguir acontecendo".
Buosi enfatiza a importância dos protestos como ferramenta de combate ao racismo e destaca o papel de Leila Pereira na articulação com outros dirigentes brasileiros para promover mudanças. Segundo ele, após o incidente, Leila buscou contato com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, obtendo resposta somente após tornar a situação pública.
O Caso Luighi: Um Estopim para a Indignação
O caso que motivou a indignação do Palmeiras envolveu o atacante Luighi, alvo de ofensas racistas por parte de torcedores do Cerro Porteño durante uma partida. O jogador foi insultado com imitações de macaco e atingido por cusparadas. Apesar da denúncia do atleta à arbitragem, a partida prosseguiu normalmente. Em entrevista posterior, Luighi expressou sua frustração e cobrou uma postura mais firme da Conmebol.
Na denúncia formal, o Palmeiras solicitou a aplicação da multa máxima prevista (US$ 400 mil, devido à reincidência), portões fechados na Libertadores Sub-20 como medida preventiva e a exclusão do Cerro Porteño da competição.
Conmebol Adota Medidas Insuficientes Diante do Racismo
A resposta da Conmebol, no entanto, foi considerada insuficiente pelo Palmeiras e por muitos observadores. A entidade aplicou a multa mínima (US$ 50 mil), determinou portões fechados na Libertadores Sub-20 (quando o time já havia sido eliminado) e exigiu a publicação de uma mensagem de conscientização, que, ironicamente, foi inundada por comentários racistas.
A sensação de impunidade é evidente, e o Palmeiras se mostra determinado a combater o racismo no futebol sul-americano, buscando o apoio de outras entidades e defendendo punições mais severas para os infratores.
?Foi um deboche?: Seleção sportv debate a punição da Conmebol sobre crime contra Luighi
— ge (@geglobo) May 18, 2024
Buosi ainda complementa:
? O presidente não atendeu, disse que depois estava com problemas. Depois, atendeu e falou com ela, mas a gente continua sem ação prática ? diz Buosi.
? A penalidade é quase que... Não dá. A nota do Cerro praticamente culpa o nosso jogador pelo que estava acontecendo. Como se uma provocação justificasse o crime. Não dá mais. Precisa acabar.
Luighi expressou:
Vítima de racismo, Luighi faz novo desabafo e pede mais rigor nas punições
— ge (@geglobo) May 18, 2024

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