Abel Ferreira repudia discriminação após ofensas de dirigente do São Paulo

Condenação veemente à discriminação

O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, proferiu uma mensagem contundente na abertura de sua entrevista coletiva após a vitória contra a Ponte Preta, pelas quartas de final do Campeonato Paulista. Sem citar diretamente o dirigente do São Paulo, Carlos Belmonte, que o havia ofendido com termos discriminatórios, Ferreira declarou:

"Gostaria de abrir minha coletiva de imprensa com um assunto da atualidade, que é global, e dizer que repudio qualquer ato de discriminação, seja ele de gênero, cor de pele, nacionalidade ou qualquer tipo de violência", afirmou o técnico.

Mensagem de repúdio

Ferreira enfatizou que a discriminação ultrapassa os limites do futebol e é uma questão de humanidade. Ele reiterou seu repúdio a qualquer forma de preconceito e afirmou que não falaria mais sobre o assunto publicamente.

"Dizer também que isso vai muito além da esfera do futebol. É uma questão de humanidade. Repito: repudio todo e qualquer ato de discriminação. Essa mensagem é que eu queria deixar. Sobre esse assunto, publicamente, não falo mais".

Ofensas de dirigente do São Paulo

As declarações de Ferreira foram motivadas pelas ofensas proferidas por Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, após o clássico entre os clubes pelo Campeonato Paulista. Belmonte chamou Abel de "português de m***", frase que gerou revolta na diretoria palmeirense e no próprio treinador.

Apesar de ter gravado um pedido de desculpas mais de uma semana depois da partida, como parte de um acordo para evitar julgamentos e suspensões, Belmonte não conseguiu convencer Ferreira. O técnico português permaneceu irredutível em sua condenação à discriminação.