Futebol brasileiro: escalada de violência estimulada por dirigentes

## Dirigentes inflamam a violência A escalada de violência no futebol brasileiro ganhou um novo capítulo com a troca de farpas entre Julio Casares, presidente do São Paulo, e Leila Pereira, presidente do Palmeiras, após o clássico Choque-Rei. A colunista Milly Lacombe condena essa postura, afirmando que ela "estimula a violência entre torcidas, estimulam essa aptidão de ver o rival como inimigo." ## Crise ética e estética Para Lacombe, a situação reflete uma crise mais profunda no futebol brasileiro, que afeta diversos aspectos, desde a arbitragem até a relação com o público. "A CBF é quem dá o tom do futebol brasileiro, e a arbitragem do futebol brasileiro está uma catástrofe", critica. Ela aponta que o comportamento dos dirigentes perpetua a intolerância e contribui para o abismo que se abre no futuro do esporte. ## Mudanças equivocadas A colunista também critica as mudanças recentes no futebol brasileiro, como a remoção da geral do Maracanã e a construção de arenas luxuosas. "O público mudou. Hoje, é um público que vaia muito rapidamente, porque pagou caro, quem paga caro é cliente, e cliente exige", observa. Ela argumenta que essas medidas afastaram os torcedores tradicionais e criaram um ambiente mais hostil. "Acho legítimo, legal, acho um outro caminho. O futebol brasileiro pegou uma trilha que é errada e tem um abismo ali no fim. O que foi que eles fizeram? Aceleraram", conclui Lacombe.