A Necessidade de um Fair Play Financeiro no Futebol Brasileiro: Uma Crítica Afiada de Leila Pereira

A Necessidade de um Fair Play Financeiro no Futebol Brasileiro

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, em entrevista ao jornalista Flávio Prado no podcast "Entre Amigos", expôs sua visão crítica sobre a gestão financeira dos clubes de futebol brasileiro, defendendo a implementação urgente de um "fair play financeiro". Para ela, a falta de regras e leis mais rígidas para os clubes que gastam mais do que arrecadam é um problema que precisa ser solucionado.

A crítica de Leila ganhou força após o anúncio da contratação de Memphis Depay pelo Corinthians, por um valor que gira em torno de R$ 70 milhões. Com uma dívida em torno de R$ 2 bilhões e com problemas para honrar compromissos, o Timão, segundo a presidente do Palmeiras , não poderia contratar um atacante de nível internacional em um cenário de fair play financeiro.

A Injustiça do Desequilíbrio Financeiro

Leila defende que o "fair play financeiro" deveria "ser uma coisa obrigatória" no futebol brasileiro, seguindo o modelo europeu, onde há um conjunto de regras e leis que garantem a responsabilidade financeira dos clubes, impedindo gastos excessivos. Ela argumenta que a falta de controle financeiro cria uma situação injusta:

"É injusto o Palmeiras deixar de contratar, porque eu não quero deixar de honrar meus compromissos com meus profissionais, enquanto outros clubes contratam não sei como... Se não pagam salários de jogadores, como que esse clube está adquirindo novos atletas. Essa conta não fecha" Leila Pereira, presidente do Palmeiras, sem citar nomes de clubes

Responsabilização Pessoal dos Dirigentes

Leila Pereira vai além, defendendo medidas mais rígidas e punitivas para clubes irresponsáveis com suas finanças. Ela defende que os mandatários dos clubes sejam responsabilizados pessoalmente por suas decisões:

"O presidente tinha que se responsabilizar pessoalmente pelos desmandos dentro do clube. Se não é fácil, eu torro uma fortuna do clube, saio e largo no colo do próximo presidente", comenta, afirmando que presidentes de clubes que descumprissem as medidas deveriam pagar do próprio bolso os rombos e dívidas deixadas no clube.

Leila Pereira coloca em xeque a cultura de irresponsabilidade financeira no futebol brasileiro, exigindo uma mudança de postura e a implementação de medidas que garantam a sustentabilidade e a justiça no esporte.