Facundo Torres: Do Candombe ao Sonho Mundial no Palmeiras

A Chegada ao Palmeiras e a Adaptação Inicial

Facundo Torres, o mais recente reforço do Palmeiras, desembarcou no clube sem demonstrar qualquer apreensão quanto à disputa por posição com Estêvão. O atacante compartilhou detalhes sobre conversas nos bastidores do clube e com Marcelo Bielsa, técnico da seleção uruguaia, revelando sua prontidão para a estreia, sem se deixar abalar por sua recente passagem pela MLS.

?Amanhã eu já estaria pronto, a MLS é uma liga que vem crescendo muito e me ajudou a subir a intensidade de jogo. Ajudou a poder vir aqui e não sentir muito a diferença. Tem muita qualidade, muitos jogadores bons?, afirmou o atacante durante sua apresentação oficial na tarde desta terça-feira.

Ele também revelou a influência do técnico Abel Ferreira em sua decisão: ?Abel me ajudou muito na negociação. Estava de férias e me chamou, primeiro mandou mensagem. Estava vendo a ideia de equipe, trabalhando?, confessou Torres, destacando o papel do treinador na sua chegada ao clube.

O Papel de Piquerez e a Escolha da Camisa 17

O lateral Piquerez, ex-companheiro de Torres no Peñarol, teve um papel importante na escolha do número da camisa do atacante, que vestirá a 17 no Verdão. A rápida regularização de Torres, cujo nome foi publicado no Boletim Informativo Diário da CBF na noite de segunda-feira, o habilita para estrear pelo Palmeiras já na quarta-feira, contra a Portuguesa, no Allianz Parque, pela primeira rodada do Paulistão.

Conversas com Bielsa e a Seleção Uruguaia

As convocações frequentes para a seleção uruguaia renderam a Torres conversas com o técnico Marcelo Bielsa durante as negociações com o Palmeiras . ?Com Bielsa, quando começamos a negociação com o Palmeiras , eu cheguei a perguntar a ele que lado ia e a Seleção me ajudou nisso de estar aqui", revelou o jogador. "Quando estava fazendo exames médicos aqui, o Bielsa me chamou e disse que estava feliz que eu estava no Palmeiras , porque era uma grande equipe, um campeonato que me faria crescer. Ele disse que a seleção estava mirando isso e vai ser importante?, completou.

A Escolha pelo Palmeiras e a Busca pelo Mundial

Torres, que vinha atuando no Orlando City, nos Estados Unidos, por três anos, chega ao Palmeiras para sua primeira experiência no futebol brasileiro. Apesar de ter recebido uma proposta mais vantajosa do Cruz Azul, do México, o atacante optou pelo Palmeiras , atraído pela oportunidade de disputar o Mundial de Clubes. ?Quando começaram as conversas, o clube que eu jogava já tinha jogadores que atuaram aqui e eu perguntava como era. Piquerez também me falou sobre muito. Falei com Holanda, com o treinador, Barros, a presidente me chamou também. Isso me fez vir para cá. Espero que eu consiga dar conta do recado?, disse Torres.

O Desafio da MLS e a Adaptação ao Estilo Brasileiro

Refletindo sobre sua passagem pelos Estados Unidos, Torres comentou: ?Quando fui a MLS, o Orlando mostrou confiança em mim. Havia algumas opções, mas não eram tão concretas e o Orlando me mostrou o projeto, gostei e decidi ir. Desfrutei muito do momento, minha filha nasceu lá. Agora busco outras coisas, sair um pouco da zona de conforto, não gosto de zona de conforto. No Orlando já tinha cumprido um ciclo, sentia isso, e necessitava sair. O Palmeiras ofereceu a oportunidade de disputar torneios importantes".

Sobre as diferenças entre a MLS e o futebol brasileiro, ele observou: ?A Liga da MLS é uma liga de muito contra-ataque, muito vai e volta e aqui vou encontrar um pouco dessa diferença de qualidade, jogar um pouco mais. O Palmeiras é uma equipe que controla mais a bola. Ainda estou aprendendo o modo de jogo. A MLS vai ter me ajudado para aqui também.?

Expectativas para o Mundial de Clubes e o Legado de Forlán

O Mundial de Clubes é uma motivação para o atacante: ?Todos sabemos como é um Mundial de Clubes, o início de pré-temporada é um pouco diferente para mim. Por sorte essa parte vem terminando e venho bem, quero jogo agora, é o que quero. Um torneio importante, que ajudou um pouco no tema da negociação, mas primeiro tem o Paulistão, vamos pensar no Brasileirão e quando chegar o Mundial voltamos a pensar nisso.?

Torres também expressou sua gratidão a Diego Forlán, que o treinou no Peñarol: ?Sobre Forlán, primeiramente sou muito agradecido, o primeiro que me deu oportunidade no Peñarol. Se coincidia que eu jogava na posição de Diego e ele me ajudou muito. Pedir a bola perto, não na diagonal, passava as experiências e aprendi muito com ele.?

A Disputa por Posição e a Camisa 17

Questionado sobre a possibilidade de substituir Estêvão , o atacante foi enfático: ?Todos sabemos o que o tema representa para o Palmeiras . Eu já tinha visto que era um jogador muito bom, se eu precisar substituir ele, vou estar pronto. Que jogue quem esteja melhor. Ele vai desfrutar daqui, porque no meio do ano sai. Sobre disputa quem tiver melhor vai jogar.?

Por fim, Torres compartilhou a história por trás da escolha da camisa 17: ?Eu soube hoje que usaria a 17. Já tinha perguntado se a 17 tinha alguém, se eu poderia usar. O Piquerez tinha me falado do número. Foi o número que estreei no Peñarol, e quando fui pro Orlando também o 17. Creio que todos os lugares fui bem e começar com esse número é uma sorte. Tomara que seja de muita sorte e que eu vá tão bem no Peñarol como no Orlando.?