Análise Tática do Dérbi: Palmeiras Busca Domínio Aéreo Contra Corinthians Eficaz

Expectativas Táticas para o Dérbi Paulista: A Força Aérea em Destaque

O aguardado confronto entre Palmeiras e Corinthians se aproxima, e com ele, uma análise tática detalhada das estratégias que podem definir o rumo da partida. Tradicionalmente, o Palmeiras demonstra grande força quando atua como mandante contra o Corinthians em jogos válidos pela Série A do Brasileirão, acumulando nove vitórias e sofrendo apenas duas derrotas em 17 embates. A última vitória do Corinthians como visitante no Brasileirão ocorreu em 2017. De lá para cá, o Palmeiras triunfou em cinco ocasiões, com dois empates registrados. Este sábado, a disputa acirrada terá palco na Arena Barueri.

Considerando as tendências recentes de ambos os times, é plausível antecipar que as investidas ofensivas se concentrarão, em grande parte, nas jogadas aéreas. Caso essa estratégia se confirme como predominante, o Palmeiras se estabelece como um forte candidato à vitória neste clássico.

1 de 1 ? Foto: Gato Mestre

— Foto: Gato Mestre

Foto: (Ettore Chiereguini/AGIF)

Jogo Aéreo: Fator Decisivo no Clássico Paulista

Um olhar atento sobre os últimos gols marcados por ambas as equipes revela uma clara inclinação para o jogo aéreo. Desconsiderando penalidades e faltas diretas, o Palmeiras converteu 16 de seus últimos 18 gols através de bolas alçadas, enquanto o Corinthians obteve sucesso em 14 oportunidades com essa mesma estratégia. Notavelmente, o Palmeiras marcou nove dos últimos dez gols dessa forma, e o Corinthians, sete dos últimos dez.

Nesse contexto, a capacidade de cada defesa em neutralizar as investidas aéreas adversárias se torna um fator preponderante para determinar o potencial de vitória de cada clube. Analisando os últimos dez gols sofridos, o Palmeiras cedeu três após bolas alçadas, ao passo que o Corinthians sofreu todos os últimos nove gols e 14 dos últimos 16 dessa maneira. Em contrapartida, o Palmeiras sofreu quatro dos últimos 12 gols após bolas altas.

A disparidade na eficiência defensiva em anular o jogo aéreo é flagrante entre os clubes e tem um potencial significativo para influenciar o resultado do clássico.

Resiliência Defensiva e Eficácia Ofensiva: Chaves para o Triunfo

A eficiência será um componente essencial, uma vez que as defesas demonstraram notável solidez no início do Brasileirão. Contudo, os desempenhos ofensivos não apresentam tanta similaridade.

Durante as duas primeiras rodadas, o Palmeiras enfrentou 23 finalizações, enquanto o Corinthians suportou 22. Cada equipe sofreu apenas um gol. Em média, ambas figuram entre as três defesas mais resilientes em relação à conversão de finalizações em gols e ocupam posições intermediárias em relação ao número de finalizações sofridas.

Desempenho Ofensivo: Disparidade entre os Rivais

No quesito ofensivo, os desempenhos se mostraram consideravelmente distintos. O Palmeiras efetuou 21 finalizações, registrando a 13ª média, e converteu dois gols, o que equivale a uma conversão a cada 10,5 tentativas, situando-se na 11ª posição nesse quesito.

Em contrapartida, o Corinthians necessitou de aproximadamente três finalizações do Palmeiras para realizar duas. Ao todo, o time concluiu 14 finalizações em dois jogos, resultando em uma média de 7,0 finalizações por partida, a terceira menor média neste início de Brasileirão.

Apesar de ser o terceiro time que menos finalizou, o Corinthians demonstrou a terceira maior eficácia ofensiva, convertendo um gol a cada 4,7 tentativas, totalizando três gols marcados.

A Busca pela Melhor Oportunidade: Fator Determinante

Um dos fatores que explicam essa eficiência é que, das 14 finalizações realizadas pelo Corinthians, apenas quatro (28,6%) foram originadas de fora da área, de onde é notoriamente mais difícil marcar. Em comparação, o Palmeiras efetuou nove finalizações (42,9%) de fora da área.

A capacidade de construir jogadas em busca da melhor oportunidade se revela um diferencial crucial para uma equipe, especialmente quando acompanhada de alta eficiência.

Desempenho em Casa e Fora: Contrastes e Implicações

Essa disparidade merece atenção especial neste confronto, uma vez que, ao longo da temporada, o Palmeiras ostenta o quinto melhor aproveitamento de pontos em seus domínios (4 vitórias, 4 empates, 2 derrotas, 53%). No entanto, o time marcou apenas nove gols em dez jogos, resultando em uma média de 0,9 gol por partida, o pior desempenho entre os times da elite nacional quando atuam como mandantes. Em contrapartida, o desempenho defensivo é notável, com apenas cinco gols sofridos (0,5), o quinto melhor registro.

Essa eficiência será testada diante do ataque corintiano, que se mostra eficaz até o momento. Paralelamente, o Corinthians apresenta o décimo melhor desempenho como visitante na temporada (4 vitórias, 5 empates, 2 derrotas, 52%). O time marcou 12 gols (1,09), ocupando a 13ª posição nesse quesito, e sofreu 13 gols (1,18), também o 13º desempenho.

Atenção aos Contra-Ataques: Armadilha Corintiana

Atuando como mandante e sob a pressão de buscar a vitória após perder para o Corinthians a chance de conquistar o tetracampeonato Paulista, o Palmeiras precisará redobrar a atenção defensiva para evitar os contra-ataques, uma vez que o Corinthians já marcou sete gols dessa forma no ano, a segunda maior marca entre os times da Série A. O Palmeiras , por sua vez, sofreu três gols dessa forma no ano, ocupando a 14ª posição nesse quesito.