Conmebol nega pedido do Palmeiras sobre jogos na Libertadores

Conmebol mantém agenda e ignora apelo do Palmeiras

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) indeferiu o pedido do Palmeiras para evitar a programação de jogos da equipe na Copa Libertadores da América no dia 1º de abril. A solicitação, que se estendia também a Corinthians, Botafogo e Bahia, visava alterar o cronograma da competição continental e da Sul-Americana, respectivamente.

A recusa da Conmebol é interpretada nos bastidores como uma resposta ao crescente movimento de oposição liderado pela presidente do Palmeiras , Leila Pereira, à atual administração da entidade sul-americana. A dirigente tem se mostrado crítica em relação a algumas decisões e posturas da Conmebol, o que acirrou a relação entre as partes.

Tabela da Libertadores: Um quebra-cabeça complexo

Segundo a Conmebol, a impossibilidade de atender ao pedido do Palmeiras reside no fato de que o sorteio da fase de grupos da Libertadores sequer havia ocorrido no momento da solicitação. A entidade ressalta que a definição detalhada da tabela depende, em grande medida, das emissoras detentoras dos direitos de transmissão, que possuem suas próprias demandas e prioridades.

A montagem do calendário, portanto, é um processo complexo que envolve diversos fatores e interesses, e que só pode ser finalizado após o sorteio dos grupos. A Conmebol enfatiza que a eventual ausência de jogos do Palmeiras no dia 1º de abril não será resultado de qualquer promessa ou acordo prévio, mas sim de uma feliz coincidência.

Guerra Política nos bastidores da Conmebol

Nos bastidores, a Conmebol enxerga o boicote de Leila Pereira ao sorteio da Libertadores como mais um capítulo da "guerra política" em curso. A ausência da presidente palmeirense no evento é vista como uma forma de retaliação à punição considerada branda imposta ao Cerro Porteño após atos de racismo contra o atacante Luighi, em partida da Libertadores Sub-20.

"Assim, a Conmebol não fez promessas prévias ao Palmeiras e, nos bastidores, vê o boicote da presidente Leila Pereira ao sorteio de hoje como mais um elemento na guerra política. Uma espécie de retaliação."

Oposição de Leila Pereira e a proposta de mudança para a Concacaf

A insatisfação de Leila Pereira com a Conmebol não é recente. A dirigente já manifestou publicamente sua revolta em relação à entidade e chegou a sugerir que o futebol brasileiro deveria abandonar a Conmebol e se filiar à Concacaf, confederação que engloba as Américas do Norte, Central e Caribe. Essa proposta, embora considerada radical por muitos, evidencia o tamanho do descontentamento da presidente do Palmeiras com a condução do futebol sul-americano.

"Da parte do Palmeiras , Leila disse que não irá ao Paraguai em protesto contra a punição (considerada branda) ao Cerro Porteño, após o episódio de racismo contra o atacante Luighi, na Libertadores Sub-20."

Maratona de jogos e a busca por vantagem no Brasileirão

O Palmeiras almejava obter a garantia de que não jogaria no dia 1º de abril para poder argumentar junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a favor da antecipação do confronto contra o Botafogo, válido pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. A ideia era transferir a partida do dia 29 (sábado) para o dia 30 de março (domingo), proporcionando um dia extra de descanso para a equipe, que disputará a segunda partida da final do Campeonato Paulista no dia 27 (quinta-feira).

Calendário apertado e a final do Paulistão

A programação da final do Campeonato Paulista para o dia 27 de março gerou controvérsia, uma vez que a CBF havia estabelecido o dia 26 (quarta-feira) como data limite para a realização das partidas dos campeonatos estaduais. A intenção era evitar o acúmulo de jogos e a proximidade com o início do Brasileirão, apesar da data Fifa do dia 25, que pode comprometer a presença de jogadores convocados para suas respectivas seleções.

"A final do Paulistão foi marcada para dia 27, apesar de a CBF dizer na divulgação do calendário de que as partidas dos Estaduais deveriam acontecer, no máximo, até dia 26 (quarta)."

Desafio do Palmeiras: Virar o placar e enfrentar a maratona

Diante da negativa da Conmebol e do calendário apertado, o Palmeiras se vê diante de uma verdadeira maratona de jogos. A situação se torna ainda mais desafiadora pelo fato de que a equipe precisa reverter o resultado negativo da primeira partida da final do Campeonato Paulista, na qual foi derrotada pelo Corinthians por 1 a 0.

"Ao Palmeiras , desenha-se uma maratona. E pior: precisando virar a final do Paulista, já que perdeu para o Corinthians no jogo de ida, em casa, por 1 a 0."