Caio Paulista: A Versão do Jogador sobre as Acusações de Agressão

Acusações de Agressão: A Versão de Caio Paulista

O jogador Caio Paulista, do Palmeiras, compareceu à 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM-Centro) para prestar depoimento sobre as acusações de agressão feitas por sua ex-namorada, Clara Monteiro. Acompanhado de sua advogada, Ana Beatriz Saguas, o jogador apresentou provas e sua versão dos acontecimentos, negando as denúncias.

Caio Paulista nega veementemente as acusações de agressão, alegando que as duas supostas agressões, uma em 2022 e outra em 2023, são falsas. O jogador apresentou álibis para as duas ocasiões e também afirma ter sido agredido por Clara Monteiro em fevereiro de 2024, com uma mordida em uma discussão.

A defesa de Caio Paulista também apresentou comprovantes financeiros para refutar a acusação de falta de pensão alimentícia para sua filha. Além disso, a defesa argumenta que o jogador não é responsável pelos hematomas e ferimentos alegados por Clara Monteiro.

A Defesa de Clara Monteiro

A advogada de Clara Monteiro, Marcos Paulo Arias, em declaração ao portal ge, afirmou que "existe uma ação judicial na esfera civil em andamento em face do Caio Paulista , a fim de reparar o dano sofrido por sua ex-mulher Clara Monteiro por algumas agressões feitas por ele no decorrer da relação. Tais agressões possuem diversas provas, as quais seguem em apreciação pelo Poder Judiciário".

O Posicionamento do Palmeiras

O Palmeiras , clube de Caio Paulista , mantém seu posicionamento inicial sobre o caso, afirmando que acompanha a situação com atenção. O clube se reuniu com o jogador, que negou as acusações.

Em comunicado oficial, o Palmeiras declarou: "É de conhecimento público que o Palmeiras não tolera qualquer forma de violência e tem no respeito pela mulher um de seus valores fundamentais. Todos os colaboradores do clube devem seguir as normas de conduta estabelecidas internamente, que preveem diferentes medidas punitivas, a depender da gravidade do fato e da comprovação penal".

Leila Pereira, presidente do Palmeiras , também se manifestou publicamente sobre o caso, afirmando que o clube aguardará as investigações policiais para tomar qualquer atitude. Ela revelou ter conversado com a advogada de Caio Paulista e com o jogador, e que foram apresentadas provas "robustas" sobre a inocência dele.

A Versão de Caio Paulista: Um Depoimento Detalhado

Em comunicado oficial divulgado pela sua defesa, Caio Paulista detalhou sua versão dos fatos, refutando ponto a ponto as acusações de sua ex-namorada.

1. Acusação de Agressão em Setembro de 2022

Caio Paulista afirma ter provas, incluindo imagens e testemunhas, de que na noite de 29 de setembro de 2022, ele, dois amigos e sua ex-namorada jantaram em sua residência. Na manhã seguinte, ele e Clara Monteiro saíram de casa, ele para cumprir seus compromissos profissionais e ela para sua casa na Rocinha. O jogador apresentou áudios e mensagens de Clara Monteiro para sua mãe confirmando essa versão, além de conversas pessoais afetuosas entre eles durante esse período.

Caio Paulista nega veementemente a acusação de agressão e de ter trancado Clara Monteiro em casa. Ele também contesta a alegação de que um episódio de ciúmes de Clara Monteiro em um mês anterior teria motivado uma briga de casal nesse dia.

2. Acusação de Agressão em Boate em 2023

Caio Paulista afirma que a acusação de agressão em uma boate em 2023 é inconsistente, com diferentes versões apresentadas por Clara Monteiro em diferentes ocasiões, incluindo a vara familiar, delegacia, entrevistas em televisão e no YouTube. Ele argumenta que essas versões são contraditórias e facilmente desmentidas pelas testemunhas presentes no local.

O jogador afirma que não entrou na boate e não sabe o que aconteceu dentro dela. Ele afirma ter permanecido em seu carro, acompanhado de sua irmã e cunhado, que testemunharam o comportamento de Clara Monteiro, inclusive a agressão a ele com um copo de bebida alcoólica ao entrar no veículo. Ele também nega a alegação de que sua mãe e seu marido presenciaram sua chegada na garagem do prédio e o hematoma no olho de Clara Monteiro.

Caio Paulista afirma que dormiu na mesma cama com Clara Monteiro e sua filha naquela noite, com a presença da babá, que pode confirmar essa informação. Ele afirma ter notado o olho de Clara Monteiro avermelhado pela manhã, mas não roxo, e que ela se recusou a falar sobre o assunto.

3. Agressão Sofrida em 17 de Fevereiro de 2024

Caio Paulista afirma que nesse caso, quem foi agredido foi ele, e não Clara Monteiro. Ele possui uma cicatriz no braço proveniente de uma mordida violenta, resultado de um ataque de ciúmes infundado de Clara Monteiro.

O jogador afirma que Clara Monteiro também apresentou versões contraditórias sobre o ocorrido, alegando que ele jogou um celular na boca dela ou que a socou no rosto. No entanto, ele possui testemunhas que viram Clara Monteiro agredindo-o com chutes, socos e mordidas.

4. Pensão Alimentícia

Caio Paulista refuta a acusação de que não paga pensão alimentícia para sua filha, afirmando que a pensão está bloqueada judicialmente desde 4 de setembro de 2024 à disposição de Clara Monteiro, com comprovante bancário. Ele afirma continuar arcando com outras despesas da filha mesmo após o bloqueio e apresenta comprovantes de gastos de R$ 127 mil nos últimos quatro meses, entre depósitos para Clara Monteiro e contas pagas.

5. Outras Inverdades

Caio Paulista contesta a alegação de Clara Monteiro de que ela era caixa da boate onde se conheceram, afirmando que ela era presença VIP, informação confirmada pelos donos da casa noturna.

O jogador também refuta a alegação de Clara Monteiro de que a ajuda financeira que ele prestava à família dela era motivada por um relacionamento amoroso com sua irmã. Ele confirma a ajuda, mas afirma que ela foi solicitada por Clara Monteiro enquanto eles estavam juntos e que os depósitos foram feitos na conta da mãe de Clara Monteiro, com comprovantes bancários.

Caio Paulista também contesta a tentativa de Clara Monteiro de usar uma foto dele com sua atual namorada para alegar uma união estável inexistente entre eles. Ele também afirma que Clara Monteiro anexou ao processo uma conversa de WhatsApp adulterada, omitindo o contexto completo da conversa.

Caio Paulista conclui seu depoimento afirmando que uma das maiores decepções foi descobrir que as agressões relatadas por Clara Monteiro em setembro de 2022 foram causadas por outro homem e que ela é capaz de se machucar intencionalmente para manipular situações a seu favor.

O caso segue em investigação pela Polícia Civil, com a coleta de provas e depoimentos de testemunhas. A Justiça também analisará as acusações e as provas apresentadas por ambas as partes.

É importante ressaltar que a violência doméstica é um problema grave e que todas as denúncias devem ser levadas a sério. No entanto, é fundamental que o devido processo legal seja seguido, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório. As investigações em curso devem elucidar os fatos e determinar a responsabilidade de cada parte envolvida.