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Violência entre Torcidas Organizadas: Um Histórico de Conflitos e Impunidade
Por Redação FutVerdão em 27/10/2024 11:43
Violência entre Torcidas Organizadas: Um Problema Endêmico no Futebol Brasileiro
O futebol brasileiro, paixão nacional, é marcado por um lado obscuro: a violência entre torcidas organizadas. Um dos casos mais recentes, que ilustra a gravidade do problema, envolveu as torcidas do Cruzeiro e do Palmeiras, com um saldo trágico de um morto e doze feridos na madrugada de um domingo em São Paulo.
Mas este episódio, infelizmente, não é isolado. Em 2022, um confronto semelhante, também na Rodovia Fernão Dias, em Carmópolis de Minas, deixou quatro torcedores baleados e dez feridos a chutes, socos e pauladas. A violência, neste caso, ocorreu em uma praça de pedágio da BR-381, durante um encontro entre as torcidas dos dois times.
Imagens de vídeos em redes sociais, da época do ocorrido, mostravam o presidente da Mancha Verde, Jorge Luiz, entre os agredidos. Em uma das gravações, integrantes da organizada do Cruzeiro pedem para parar com as agressões: "Perdeu é a Máfia. A Mancha perdeu, não bate mais não".
A Cultura da Violência nas Torcidas Organizadas: Uma Análise Crítica
A pergunta que fica é: como a cultura da violência se perpetua nas torcidas organizadas? A resposta é complexa e envolve diversos fatores, como a falta de controle e punição eficazes, a banalização da violência, a busca por poder e o ambiente de impunidade que cerca esses grupos.
No episódio de 2022, integrantes da organizada do Cruzeiro se encaminhavam rumo a Campinas, para jogo contra a Ponte Preta, pela Série B do Brasileiro. Os palmeirenses estavam a caminho de Belo Horizonte, para enfrentar o Atlético-MG, no mesmo dia, pela Série A.
Vídeos que circulam pelas redes sociais mostravam trechos do confronto, com imagens fortes de torcedores do Palmeiras sangrando e um deles caído no asfalto.
Em publicação no Twitter, naquela época, a organizada do Cruzeiro disse que eles "foram surpreendidos por torcedores do Palmeiras na estrada em uma emboscada, onde portavam até arma de fogo, que acabou ferindo ocupantes da nossa caravana". Veja a íntegra abaixo.
"Hoje aconteceu um fato lamentável onde precisamos agir em legítima defesa para defender a integridade de todos que estão presentes para acompanhar o espetáculo de logo mais em Campinas, onde o Cruzeiro enfrenta a Ponte Preta. O planejamento de uma caravana é pensado com cautela e nesse planejamento que escolhemos pra hoje foi de sair as 06:00 do dia do jogo, pois pelo tempo de viagem sabíamos que a caravana que vinha de São Paulo e foi divulgada com saída as 00:00 já teria chegado em BH, quando no decorrer da viagem somos surpreendidos por torcedores do Palmeiras na estrada em uma emboscada, onde portavam até arma de fogo, que acabou ferindo ocupantes da nossa caravana. A realidade das caravanas é bem diferente da teoria, tem a dificuldade da estrada e a segurança, sem nós seria bem pior para o torcedor comum que viaja para acompanhar seu time do coração, assim como foi no Sul antes da nossa chegada em que agrediram torcedores comuns na fila da compra de ingressos. A pergunta que fica é, como uma caravana que saiu às 00h de São Paulo demora 12hr para chegar em Belo Horizonte?"
A Necessidade de Ações Concretas para Combater a Violência nas Torcidas Organizadas
É preciso que as autoridades, clubes e torcedores se unam para combater a violência nas torcidas organizadas. A impunidade e a falta de ações eficazes permitem que esses grupos se perpetuem e transformem o futebol em um palco de confrontos violentos.
A implementação de medidas como a identificação de torcedores, a fiscalização rigorosa em estádios e a criação de programas de educação e reinserção social são essenciais para mudar esta realidade. O futebol é uma paixão que não pode ser manchada pela violência.
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