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Abel Ferreira Ídolo? Debate Acirrado Agita Opiniões no Futebol
Por Redação FutVerdão em 24/03/2025 00:10
O Status de Ídolo no Futebol: Uma Análise Complexa
Em uma discussão que levanta questões cruciais sobre o universo do futebol, os comentaristas Casagrande e Renato Maurício Prado confrontaram suas visões a respeito do reconhecimento de técnicos como ídolos, tendo como ponto de partida a crescente popularidade do Palmeiras, que superou a do São Paulo no cenário nacional. O programa Fim de Papo, transmitido pelo Canal UOL, foi palco desse debate no último domingo (23), onde Casagrande expressou dúvidas sobre a legitimidade de classificar Abel Ferreira como um ídolo palmeirense.
Renato Maurício Prado, por sua vez, apresentou uma perspectiva divergente, argumentando que alguns treinadores, em casos específicos, conseguem alcançar o patamar de ídolos em seus respectivos clubes. Ele citou exemplos como Telê Santana no São Paulo, Jorge Jesus no Flamengo e o próprio Abel Ferreira no Palmeiras , defendendo que suas contribuições transcendem a função de simples técnicos.
Casagrande, embora tenha reconhecido a validade dos argumentos de RMP, ponderou sobre o peso da palavra "ídolo", sugerindo que talvez seja necessário encontrar um termo diferente para descrever treinadores que se tornam figuras representativas e deixam uma marca duradoura nos torcedores. Para ele, o ídolo é aquele jogador que desperta a paixão e a admiração dos torcedores, que vão ao estádio para vê-lo em ação.
O Protagonismo em Campo vs. a Liderança Estratégica
Casagrande defendeu que:
"No caso do Palmeiras, o ídolo é o treinador, o ídolo é a presidente? Não. O ídolo é aquele que faz o gol, aquele que defende o pênalti, aquele que cria jogada. Esse fica ídolo pro resto da vida. O Abel vai se tornar provavelmente, ou se já não se tornou, o treinador mais vencedor da história do Palmeiras."
Ele complementou:
"Como o Brandão é um dos maiores treinadores da história do Palmeiras. Mas não são ídolos. Ídolo é o Leivinha, ídolo é o Ademir da Guia, ídolo é o César, ídolo é o Evair, Edmundo. Esses caras são ídolos. É diferente. É diferente a identificação do torcedor. O torcedor gosta da Leila e gosta do Abel. Mas o ídolo dele é quem está dentro do campo com a camisa, disputando o jogo. Dando competitividade ao time, dando peso ao time. Esses caras viram ídolos."
A Exceção à Regra: Técnicos que Transcenderam seu Papel
Renato Maurício Prado discordou:
"Aí é que eu vou discordar um pouquinho do meu querido amigo Casão. Eu acho que alguns técnicos são ídolos, sim. Eu acho que o Telê foi ídolo no São Paulo. Eu acho que o Abel, hoje em dia, é ídolo no Palmeiras. Eu não tenho a menor dúvida que o Jorge Jesus é um baita ídolo da torcida do Flamengo. E o Filipe Luis caminha a passos largos para também ser."
E acrescentou:
"Concordo que, de uma maneira geral, a tua tese é perfeita. Ídolo é o cara que tá lá dentro que faz o gol, que defende o pênalti, concordo, mas eu acho que tem alguns treinadores que conseguem transcender isso, como esses casos que eu citei."
Em Busca de uma Nova Definição
Casagrande ponderou sobre a necessidade de um novo termo:
"Eu acho que você tem razão. Mas eu acho que é outro nome. Tem que buscar um outro nome pra aqueles treinadores que ficam representativos e têm influência e dão saudade no torcedor."
E concluiu:
"Porque ídolo, cara, ídolo é aquele cara que você vai pro campo para ver ele jogar. Você não vai no campo pra ver o treinador. Pode ser o Telê, pode ser o Abel, pode ser o Jorge Jesus. Ninguém vai pro campo pra ver o treinador. o Jorge Jesus é o treinador, então vou lá ver. O cara vai lá para ver o jogador."
A resposta de Renato Maurício Prado foi:
"Mas vai para ver o time do Jorge Jesus. Eu conheço muito o rubro-negro que tem foto do Jorge Jesus no quarto."

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